Sem qualquer modificação mecânica no motor do veículo, os ganhos não passam de 5% quando muito bem acertados por um preparador experiente e uma sonda lambda de banda larga. O custo x benefício desta modificação é baixo em comparação com outras alterações mecânicas no motor visando performance. No caso de um motor com o módulo original queimado, lembre-se de levar em conta os custos da construção de um novo chicote por um eletricista automotivo, dos módulos FuelTech e valores cobrados pelo preparador/oficina para instalação e regulagem, além de eventual incompatibilidade com dispositivos originais do veículo como painel, câmbio automático, ar condicionado digital, etc.
Em motores carburados normalmente consegue-se ganhos em desempenho e economia, pois, o sistema de ignição é muito mais eficiente e o sistema de injeção mais bem dosado. Carburadores de motores de grande cilindrada, que são pouco usados, apresentam falhas no funcionamento e demandam frequentes manutenções. A adoção de um sistema de injeção eletrônica elimina totalmente estes problemas, além de deixar o motor com um funcionamento muito mais linear.
Câmbios automáticos não podem ser controlados pelos módulos FuelTech. Nestes casos é imprescindível que o módulo do câmbio esteja funcionando perfeitamente. Em casos em que o módulo do câmbio é integrado ao módulo de injeção original é preciso manter todos os sensores originais ligados ao módulo. Os sensores de temperatura do motor e do ar para a FuelTech devem ser instalados no motor, pois normalmente os originais não são compatíveis. Pode-se compartilhar sinal do sensor de rotação e sensor TPS. Para contornar erros do módulo original é recomendado usar um emulador de bicos (normalmente usado em GNV) ligado à injeção original. Ainda assim, não há certeza de que o câmbio automático manterá o funcionamento correto, tendo em conta estratégias de redução de torque para trocas de marcha que a injeção original comanda.
Os módulos FuelTech podem ser usados em qualquer motor de combustão interna Ciclo Otto, 2 tempos ou 4 tempos. Para uma moto, são recomendados apenas os módulos da plataforma PowerFT (FT500, FT500LITE e FT600). Além disso, serão necessárias algumas modificações mecânicas, como a adaptação de um corpo de borboleta, bico injetor, bomba elétrica, regulador de pressão de combustível, etc. Podem ser adaptados equipamentos de motos mais modernas, já injetadas, com cilindrada/potência similar. Para o controle da ignição é necessário que a moto use uma roda fônica de padrão compatível.
Não há problemas em utilizar GNV junto da injeção programável. Inclusive é possível gerenciá-lo, utilizando uma bancada de injetores específicos pra GNV e uma bancada para o combustível líquido (etanol ou gasolina). Caso o kit GNV seja dos convencionais (sem bicos injetores) pode-se criar um mapa com os tempos de injeção todos em 0ms e o mapa de ignição mais avançado, de acordo com o que o GNV necessita. Neste caso, use a função “Troca Rápida de Ajustes” no módulo FuelTech, para mudar rapidamente de um mapa para outro. Se desejado, pode-se usar o emulador de bicos dos kits GNV ligado à FuelTech, desta forma a troca entre GNV e Gasolina/Álcool pode ser feita através da chave do kit GNV, sem necessidade mexer no módulo FuelTech.